A saudosa ponte

Escolhi te magoar

Afastar e aceitar

As consequências dos atos que não foram os meus, as dores, as perdas e pragas proferidas.

Escolhi ciente de que futuro não há em algo que revive passados.

Por mais cego que se seja ou queira seguir nos trilhos, uma curva na vida desperta e esfrega a verdade em cima do peito aberto, sal na ferida, cicatriza enquanto dói.

Eu sei quem sou e ainda sei quem fui pra ti, não teria problema algum se tivesse sido real em dizer,mas que estranho isso, não me importar de ter sido tão pouco ou nada apenas querer a sinceridade.

Isso de mentiras sinceras são boas,só vale nos poemas, no dia a dia a gente só quer ouvir, mesmo que nos quebre, mesmo que nos dilacere, a verdade das coisas.

Escolhi não reler, não rever, não saber, não buscar e tu o mesmo fez.

Escolhi tudo que você disse não ser capaz de fazer a mim, mas fez… então me pergunto, será mesmo que fui eu que escolhi ou escolha nem tive?

Chamou-me de covarde quando nem ligar podias.

Chamou de fraca quando não vias meu mundo se mover ao encontro do seu.

Fui tal como tsunami, lento, calmo, leve e de repente afoguei-te nas ondas da intensidade que dizias amar.

Adeus não fora dito nem preciso.

Eu sempre sei quem sou e de fato não sou pra nada além de passagem, a mesma ponte… moct …

By Lilyth Luthor.

Lilyth Luthor
Enviado por Lilyth Luthor em 09/03/2022
Código do texto: T7469162
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.