NUMA TARDE
Enquanto passava absorta pela praça
Observei um moço sentado
Lembre-me de alguém do passado
Ao me olhar, achei graça...
Um olhar assim é perigo
Ou pura imaginação
Não tive outra intenção
O moço quer falar comigo?
Coitado!
Nada falou diante da minha insinuação
Desculpe acho que foi um engano
Perdoe-me não foi minha intenção...
Calado ele continua
Apenas aquele olhar cobiçado
Talvez estranhando a minha ousadia.
Irá Rodrigues