Se a Vida...

Se a Vida é mesmo breve

e dela nada esperar se deve,

Por quê há quem se atreve

cantar para que a alma enleve?

Se ela é um atmo, de fato,

um instante sublime, um hiato

Por quê há quem de imediato

Mostra-se por ela feliz e grato

Dizem que é só amargura, uns

Angústia e aflições, outros tantos

Que é dura e cruel, muitos mais

E ainda assim, para alguns,

possui prazeres e encantos

ignorados por meros mortais

Para o pobre e infeliz prisioneiro,

mais um dia de amarga sentença,

Vivendo em sonhos a Liberdade;

Para o doce beijo, final, derradeiro

a promessa de saudade imensa

Até o final da Eternidade.

Certo é para mim, portanto

que dela nada jamais saberei

Vivo, pois entre o prazer e o pranto

Do teu amor, que nunca terei

Glauco Luiz Guimarães
Enviado por Glauco Luiz Guimarães em 14/03/2022
Código do texto: T7472722
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