Tapete

A poesia resolveu ficar;

Dessa vez do lado de fora.

É que bem na hora de entrar,

Ela avistou a borboleta

Do tapete da entrada,

Que beijava um buquê de violeta.

Nesse momento, se viu apaixonada

Por essa cena inusitada,

Que coloria o chão da varanda.

A vida não é mesmo uma ciranda?

Porque o que a poesia realmente quer

É uma desculpa qualquer

Pra embriagar-se de emoção

E dar asas à imaginação.

Poesia, tem alma de mulher.