Ausência

Sumir é benção

Pela fumaça densa

Enquanto o fogo queima

O que já não serve.

Sumir é benção

Oposto do que pensam

Depois que o coração teima

E a mente se perde.

Não me denunciam

Invisíveis passos

Saio sem deixar rastros

Sendo quase o ontem.

E já não me assusta

Ver só dois pés na areia

Quanto às cicatrizes feias

Deixo à vida que conte.

Sumir não é tenso

E a mim mesmo venço

Passada a excessiva fleuma

Cedo ao que o corpo pede.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 03/05/2022
Reeditado em 04/05/2022
Código do texto: T7508505
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