Objeto

Quantos de mim

Sem minha ciência

Saindo de bocas

Entrando em ouvidos

E me dando fama?

Sou feio jardim;

De péssima crença

Que quem toca

Uma vez, perdido

Depois na lama.

Somem as vontades

Do meu peito dolorido

Como pássaro ferido

Voo sem saudades.

Eu, sempre metade

O que poderia ter sido

Em segundos, banido

Após a tal saciedade.

Quantos de mim

Ainda vivem lá fora?

E por que há esforços

Se tão logo se apaga

A antiga chama?

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 06/05/2022
Reeditado em 06/05/2022
Código do texto: T7510522
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