Ornitólogo
Contemplação devia bastar
Quando a coragem se esconde
De tempestades perigosas.
Eu já não ando todo prosa
Passos que não me levam longe
Da solidão do meu lar.
Aos pássaros vivo a fitar
Ciente de que à terra pertenço
Mesmo imensa a ânsia de voar.
Pois não posso segurar o ar
Nem sequer cruzá-lo, eu penso
Prefiro a calmaria do meu mar.