Panis et Circensis

Panis et Circensis...

Pão para os famintos da barriga

Circo para os famintos da alma

Para quê vida melhor?

Viver nesta toada sem cansar

Sem os obstáculos viver em frente

Na hidromassagem pecuniária, relaxar...

Vivo em um Império, mas não sou romano

Sou latino-americano vivendo em um Coliseu

O coliseu novíssimo!

Porém nunca serei gladiador

Guerra é para perdedor

Fortes tem de descansar...

Vejo os mártires triturados

Dilacerados com espetos e leões da miséria

E nós nos embriagamos com um vinho

Visto-me com o terno de linho, sem trabalhar

Dos feriados em calendários quadrados

Uso o recurso para a vida ganhar

Latindo a verborréia das ilusões

Tirando dos plebeus as profissões

Com as bolsas, das pobres escolas

Esmolas...