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O tempo premente que violenta os dias

sutilmente esculpe o corpo inerme

saudades são mais presentes

lembranças mais ausentes

nasce o medo do fim da juventude

Tornei pedidos no meu último aniversário

há de tardar

tod´ancianidade que me é reservada

há de tardar

todos os efêmeros vermes convidados

para o derradeiro banquete

há de tardar

todo o tempo premente que me violenta o corpo

Hoje,

o relógio atrasou

e a noite não.

Carlos Alberto de Souza
Enviado por Carlos Alberto de Souza em 09/07/2022
Código do texto: T7556023
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