QUIZOMBA DA VIDA
A insignificância do ser concebida
Por medíocres insetos.
Vaias e risos,
Muitos.
Aplausos,
Discretos.
Palmas sensatas.
Risos e vaias.
Insetos festejam.
Triste afirmação.
São todos seres humanos.
O ser disse ser.
Quiçá ser poeta.
Zombar, gracejar, aplaudir.
Infinitivos verbos.
Uns dizem só verbos.
Outros os chamam de ironias.
Infinita consternação.
O poeta...
Cala-se,
Isola-se,
Reflete...
Os olhos ao infinito horizonte.
Discorre na alva folha
A magia poética.
Os insetos agora aplaudem.
Abutres letrados.
Humanos hipócritas
De uma sociedade podre.
Podre e zomba.
Quizomba o poeta.
Poesia presente.
Na alma de quem a sente.
Gente de coração ardente.
O poeta é presente.
O poema é presente.
Todos recebem.
Insetos e abutres,
Agora louvam.
O poeta grita.
O PRESENTE É PRA TODOS!!!
Alegria e tristeza.
O poeta existe.
Continua sereno.
Discurso do mudo
Para ouvidos surdos.
Infinitos verbos sob a esfera.
Poeta e caneta,
Agora dançam.
É alimento e vida para o nascimento
De infinitos poemas.
Poema presente.
Na poesia da vida.
Poeta presente.
No poema do mundo.
O poeta existe e vive.
A vida poética do poema do mundo.
O ser que diz ser poeta.
Existe no mundo.
E o mundo se curva
À beleza poética
Da quizomba da vida.