O Alazão

O peão sem coração,

Ao montar belo alazão,

Cinge-lhe o dorso, agride o dorso

Que esfola e sangra, e dói, e sangra.

Pobre animal impotente

Submetido aos maus tratos

Revida, e num repente,

Eleva o corpo mais alto que o corpo

E num relinchar de alívio

Faz o algoz servir aos corvos.

Poema empregando a figura de linguagem Meseteleuton, que resulta quando a mesma palavra é repetida no meio e no final verso.

Cida Micossi
Enviado por Cida Micossi em 07/08/2022
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