Teia
O conforto cobra suas muletas
Feitas de material falso
Há sapatos que calço
Ainda que isso me doa.
O conforto cobra sua doação
Cheio de disfarces, claro
O que mostra, não raro,
Que é tolice rir à toa.
Acostume-se ao belo
E se perca em areia movediça.
Ouça ruir seu castelo
Por tudo que ali se desperdiça.
O conforto oculta suas armas
E atira em peito distraído
Então, vencido o inimigo,
Esse cruel e ingrato soa.