Teia

O conforto cobra suas muletas

Feitas de material falso

Há sapatos que calço

Ainda que isso me doa.

O conforto cobra sua doação

Cheio de disfarces, claro

O que mostra, não raro,

Que é tolice rir à toa.

Acostume-se ao belo

E se perca em areia movediça.

Ouça ruir seu castelo

Por tudo que ali se desperdiça.

O conforto oculta suas armas

E atira em peito distraído

Então, vencido o inimigo,

Esse cruel e ingrato soa.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 19/08/2022
Reeditado em 05/09/2022
Código do texto: T7586142
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.