Esta Arte

Esta arte que cultivo desde a infância

é obra rara e inerente ao homem,

Transcende a alma e fomenta a esperança,

Faz do tristre alegre e que o odioso ame.

A labuta é grande e constante.

É como caminheiro no deserto,

caminha incansavelmente,

mas, louco de sede, vê muita água perto.

Porém, a água, objetivo do escritor, lhe é alheia;

Infelizmente a intenção não concretiza,

De nada vale mirar a água: é só areia

E todo sonho, antes tido, se finaliza.

Perdido o escritor escreve

Na alma do mundo: imensidão

Transcende o sensível nas letras.

Oh desilusão!