Silêncio
Ao longe nuvens cinzas intempestivas.
Aqui o silêncio, somente murmúrios:
onde pensamentos divagam, aleatórios.
De repente o canto do pássaro, suave
como posicionando o tempo.
Chove, o cheiro da terra molhada batida,
pela insolência dos sentidos atentos...
essa lama esperada germinando vida.
Quem sou? para desiludir a mensagem
dessa natureza pródiga, tirana.
Sou o agora, enquanto entardecer.
Novamente o aconchego dos pensamentos
viciantes, pleno de lembranças quase esquecidas
logo ali, aquele ontem pleno de quimeras...