(C)ORAÇÃO.

A esse amor, não o tenhas como fantasia

Nem desdenhes dum querer que inflama

Posto que o tempo se arrastando em dias

Adoece, aos poucos, o coração de quem ama.

A esses versos, não leias só aos pensamentos

São verdadeiros, embora, enfraquecidos de rimas

No entanto, transbordam tão ricos sentimentos

Na sequência desses símbolos presos em linhas.

E se peco na coerente imperfeição desse poema

Absolvo-me na exatidão absurda dessas palavras

Pois, no peito, as tenho tatuadas como emblemas.

E nessa escrita por onde traço todo um sentir

Tuas mãos, as minhas, junto, em profunda oração

E eternizo, por fim, essa prece, feito um dia de verão.

ELENICE BASTOS.

CORAÇÃO DE POETA. ( JACÓ FILHO).

O altar onde Deus, desde o princípio

Cultiva as belezas no melhor da vida.

Poesia que a molda, curando feridas,

Cantando o amor e seu lado profícuo.

A busca do encanto o torna sensível

Versos vêm dele e da mente criativa.

Da sintonia perfeita, uma dupla ativa

Tornando fantasias, projeto plausível

Quando apaixonado sua razão elimina,

Subalterna ao amor, que nada supera.

E o resto do mundo, ficará em espera...

Coração de poeta, vem com uma sina,

De servir aos céus em cruzada eterna,

Levando o Amor, pra todas as Esferas...

(Reedição).

GRATIDÃO, POETA JACÓ FILHO.