De frente pro mar

Eu precisava escrever,

lhe contar o que eu sentia.

Já não podia mais viver,

sem me livrar desta agonia.

Quando lhe vi tudo parou,

de testemunha eu tive o mar.

Nosso olhar então se cruzou,

e um anjo pos-se a tocar.

Jamais vi tão rara beleza,

que se eleva na simplicidade.

Brilhando teus olhos, em realeza,

impune diante a maldade.

Me atormenta, este sentimento,

que deve em mim se calar.

Não sei mais o quanto aguento,

lhe esperar, de frente pro mar.

Tecendo Arte
Enviado por Tecendo Arte em 07/12/2007
Código do texto: T768220
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