Coceira

Se lhe abraço, eu me perco,

Mas dói abandoná-la

Mesmo sem lugar de fala,

Tenta, do fundo do poço,

Ter minhas mãos e braços

E de mim, apenas passos;

O mais longe que posso.

Força da natureza,

Em você, renasço

É cozinha, quarto, sala...

E eu vivo de prontas malas.

Parece-me pele e osso

Mas me custa alimentá-la

Sei de seus riscos e traços;

O que motiva tanto espaço.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 17/02/2023
Código do texto: T7721460
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