Com estas minhas mãos

Minhas mãos, cansadas e brancas,

De dedos ansiosos e afilados,

Caminham os dez bem alinhados,

São frenéticas… e são francas.

Transparentes qual água da nascente,

Ou ainda pétalas de rosa a murchar,

São mãos que nasceram para amar

Com doçura e devoção,eternamente

Mãos que possuo e aprecio comovida

Eu as olho, amando-as na vida...

São duas pombas que voam em liberdade.

Sinto-as pulsar e, em breves segundos,

Sempre em movimento, voam mundos…

Quero-as assim, libertas, até à eternidade…