Testemunha.

A lua tão linda da noite

É na minha alma tal e qual açoite

Relembrando a paisagem na janela

Que era nossa e nós éramos dela

Peles nuas, corações ardentes

Sem sabermos que espreitava o inimigo

O tempo! Que a todos vence.

E cria a rotina e traz discórdia

E quando não se espera

Um ficou pelo caminho

O outro passando pelo deserto

A rede na varanda então vazia

Vai ao vento e perde o perfume

Daquelas noites que testemunhou

A Lua!

E o riso abafa o grito

Com intenção desesperada de haver vida

E olhos nos olhos para enfim

Viver o que for mais preciso

Além de um amor que não se eterniza.

Cristhina Rangel

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 26/02/2023
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