da passagem da morte alheia

DA PASSAGEM DA MORTE ALHEIA

Parado no meio do pátio

Escorado

Pessoas e tempo passando

Lá no fundo

Os olhos de esmeralda

Umidade elevada

O vento gelado entra pelas portas e janelas

E a morte próxima

A dos outros ou a sua

Precisamos caminhar

E eu parado

Estruturas metálicas, puxadinhos

A bandidagem tá lá pra fora

As mocinhas, cá pra dentro

Admire, admire

Escorado, parado

O tempo escorado

A morte passando, distanciando

A dos outros

Da sua não se sabe

Depressão

Não viaje

Parado

As mocinhas

Bandidagem lá fora

Parado aí

Mãos para baixo

Sorriso

Olhadinha para cá, olhadinha pra colá.

Acredito em Deus.

Mocinhas

Que lindo, que céu.

catrofe
Enviado por catrofe em 12/12/2007
Código do texto: T775184