da passagem da morte alheia
DA PASSAGEM DA MORTE ALHEIA
Parado no meio do pátio
Escorado
Pessoas e tempo passando
Lá no fundo
Os olhos de esmeralda
Umidade elevada
O vento gelado entra pelas portas e janelas
E a morte próxima
A dos outros ou a sua
Precisamos caminhar
E eu parado
Estruturas metálicas, puxadinhos
A bandidagem tá lá pra fora
As mocinhas, cá pra dentro
Admire, admire
Escorado, parado
O tempo escorado
A morte passando, distanciando
A dos outros
Da sua não se sabe
Depressão
Não viaje
Parado
As mocinhas
Bandidagem lá fora
Parado aí
Mãos para baixo
Sorriso
Olhadinha para cá, olhadinha pra colá.
Acredito em Deus.
Mocinhas
Que lindo, que céu.