Como é triste o Paraíba no abandono

Como é triste o Paraíba no abandono:

Degradado, poluído, quase morto.

O mesmo rio que outrora dava conforto,

É achacado como fosse um cão sem dono.

Quantas vezes, pelo mundo, questiono:

O ser humano por que age tanto assim?

Antecipando, inconsequente, o seu fim.

Destruindo a natureza — viver como?!...

Por que tão simples lição não aprendemos,

Que nosso lar é este mundo em que vivemos,

Que preservar é questão de inteligência?...

Quem polui um rio contra si mesmo atenta,

Pela culatra sai o tiro, a tormenta,

A galope logo vem a consequência!

— Antonio Costta