tão destruitor quanto destruído

quando as mãos pararam de desenhar,

porque a arte não paga a conta de luz.

quando os pés pararam de dançar,

porque a arte não sacia a fome do corpo.

será se existe um galpão para os sonhos

que foram desistidos?

empilhados em prateleiras empoeiradas,

guardados em caixas mofadas,

o fedor de morte que sobe às narinas

pode ainda inspirar algumas obras,

como o sol

ou como a lua

ou como o desespero

de ter mais uma vez

aquele sorriso.

Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 11/04/2023
Reeditado em 11/04/2023
Código do texto: T7760824
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.