Quarto
Minhas paredes
Tranquilas, mudas
Mudam de cores
E me desmonto logo
Mesmo em redes
Sem grande ajuda
Sob a cama, flores
E aqui dentro, fogos.
Toques! E outro lugar
Próprias mãos;
Nomes próprios
Bem longe do altar,
Bebo da solidão
Em estado sóbrio.
Minhas paredes,
Conhecem olhares,
Vontades, memórias,
Rios em que me afogo.
E há ainda sede
Na mente insegura
Que evita Adonis
E as ilusões de Apolo.