Senzala 3

De onde será, dócil senhora, toda sua fortuna. Donde, diga-se, se possível, suas pratas e ouro, senão do açoite ao negro desferido? Quanto sangue, senhora, carregas nas orelhas, pescoço e braços. Pergunto, senhora, dormes?

PS: esse é o 3 poema, de uma série de 14, cujo tema é a escravidão. É a tentativa, mínima, de expressar, em poemas curtos, o que me suscitou escrever essas parcas linhas.