SETE CARTAS MARCADAS

Dadas as cartas, segue-se o jogo,

Sem princípios, sem cortes, sem piedade.

Implacável, a desforra desses jogadores.

Senhores dos motes e da presunção.

Sete homens, um descarte, a unanimidade.

Sete praticantes de cartas marcadas...

Sete vaidades, sete preditores...

Sem medo, sem lei, sem comiseração.

É o jogo da queda, da temeridade.

As regras são dúbias, tendentes, arregadas.

Não se tira a sorte, não se impõe valores...

É tudo aprazado, sujeitado, sem motivação.

As cartas são una, espúria unicidade.

Sete cavalheiros na máxima jogada.

A cartada final desses apostadores!

Sete mentes, um arbítrio, uma ilação...

Um brocardo demérito, parcialidade.

O jogo é de mácula, senha adulterada,

na rodada da burla, dos manipuladores,

um homem, um ditado, a depuração...

Dos pretores influentes, pela iniquidade.

Messias, 19.05.2022

Mano Messias
Enviado por Mano Messias em 25/05/2023
Código do texto: T7796952
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