As drágeas

As drágeas

Dos sinos incandescentes

Cantam seus trinos

Em melodias inocentes

O dia se renova

A cada dia

Com nova cota de gente

Que nasce chorando

E logo tem dente

Que vive sonhando

Nem sempre contente

Às vezes é são

Muitas vezes demente

De índios bravios

Somos descendentes

Os negros escravizados

Eram atados com correntes

Nascendo e morrendo

Ninguém fica para semente

O mundo tem duas partes

Ocidente e Oriente

Cabelo despenteado

Se arruma com pente

No batalhão de soldados

Tem sargento e tem tenente

Viver sem ter amor

Quero ver quem tente

O poema é como a vida

E se acaba de repente

Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 16/06/2023
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