GEO

De vez em quando

sinto uns pesares

são dores que passeiam

por certos lugares

no meu submundo

Os poluentes

vão tomando conta dos ares

flechando os pomares

até que a mata fique seca

e o que resta aos olhares

é um choro

onde uma lágrima escorre

verde-clara, rala

sem musgo

ciscos batem sem asas

É tanta lorota

chacota

verso sem prosa

que minha calota poética

faz calo polar

ecoa em mim um urso que urra

cada vez mais escasso

sem espaço

Se é que palavra tem mote

também tem ar

que jorre então oxigênio

por todo lugar

Geo nessa escrita

é uma floresta que berra aflita

cada letra que canto

deitada é machadada

cai e morre

por e pela vida

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 17/12/2007
Código do texto: T781930
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