SALVE-ME QUEM PUDER

Anteontém pequei

Ontém roubei

Hoje estuprei

Amanhã matarei

Depois vou beber, vou xingar

Vou difamar e vou me drogar

Quero ser safado e pilantra

Quero viver como um sacana

Odiarei, detestarei...Contra vocês investirei

Serei como uma praga que assola até o Rei

Mentir, mentir, conspirar

Viverei para vos desafiar

Valerá quantos lares arrasar

Quantas crianças corromper

Quantas damas der prazer

Quantos olhos a chorar

E quando estiver em meu leito de morte

Olhando rostos que me querem no inferno

Terei um distúrbio de arrependimento

Talvez só Cristo contemple esse momento

E ali valerá o que diz a escritura

Que o arrependimento liberta e cura

E frente aos monstros de saia que renegam minhas dívidas

Fará Cristo deste Zé, mais um de seus Dimas.

Philipp Ricardo
Enviado por Philipp Ricardo em 18/12/2007
Reeditado em 07/09/2008
Código do texto: T783674
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