Humano
Não há santos
Depois da meia noite
Cortes profundos
E alívio paliativo
Algo permanece vivo
Pulsa a cada segundo.
Não há santos
Após as seis horas
Sono convidativo
Sorriso de Morfeu
Choro de automatismo
E rótulo de vagabundo.
Passam os rostos,
Agostos, desgostos
E sobre os ombros,
O mundo.
Rima para altar,
Casar com a alegria
Longos são os dias
Em alguns, encanto
Noutros, sereno pranto
De quem não é santo.