da identidade
A cal se entranha no troco, cuja a raiz é de sangue,
E das beiradas, junto a terra úmida e fértil verve
Um lodaçal de lama, que planta cresce onde a terra
Tem petróleo o sol as esquenta e suas labaredas queima,
Atormentado quem delas precisa, morde os dentes, anda
A cavalo, cavalo imaginário que nem pensando atravessa
Os vales, já amei uma mulher, uma flor tomada de sol,
Orvalhada depois na noite ou dentro da noite onde a
Luta corporal, intensa, estrema e trêmula destila o solo
E dele escorre ouro líquido como uma água que lembra
Uma memória que só derrama quando as mãos tocam outras
Mãos e desse lago profundo e profano, por isso mais sagrado
Algumas imagens se prontificam, e nele, ainda sujo de sangue,
O seu retrato, quando ainda desejava conhecer a floresta e
Não sabia que treva escarlate a transformaria em pedra, mas
Que em memória colhia os mistérios, sem saber que já tinha
No bolso sua pedra filosofal, então essa mulher se tornou
Alvura e vento, imortal, na pele que antes, supurada, veste
Da vida a sua tolha excelsa, então compreendi que a morte
Não existe, o corpo não mata o amor sincero, apenas desfalece
O vapor da partida, o odor impertinente da falta, e alegria até
Então engarrafa, pressurizada numa câmera de pensamento,
Vaza na raiz do caule, e na gente, se torna identidade.