Entre a Fome e o Silêncio da Noite

Na penumbra da noite silente e fria,

Entre o silêncio que envolve a cidade,

Há uma fome que insiste, que não se esvazia,

Uma ânsia que devora, sem piedade.

É a fome que não se sacia com o pão,

Mas que se alimenta dos sonhos perdidos,

Da esperança que se esvai, em vão,

Nos becos escuros e esquecidos.

Nas ruas, vultos se movem na escuridão,

Em busca de abrigo, de algum alento,

Enfrentando a fome, a solidão,

Neste mundo que parece tão desatento.

E o silêncio da noite encobre as vozes,

Das histórias que não são ouvidas,

Dos destinos marcados pelas escolhas,

Onde a fome é uma sombra que se esgueira.

Mas há também o silêncio da alma aflita,

Aquele que não é quebrado pelo barulho,

É o silêncio que esconde a dor infinita,

Daqueles que enfrentam a vida em sobressalto.

Entre a fome e o silêncio, há um abismo,

Um vazio que parece não ter fim,

E nesse abismo, perdemos o sentido,

Da humanidade que deveria unir-nos enfim.

Mas, mesmo na escuridão mais profunda,

Há uma centelha de esperança a brilhar,

Pois a fome, a solidão, o silêncio, tudo se funda,

Num grito por justiça, um apelo por mudar.

Que possamos ouvir esses clamores da noite,

Quebrar o silêncio que sufoca os corações,

E, juntos, enfrentar a fome, o frio, a açoite,

Construindo um mundo mais justo, com uniões.

Entre a fome e o silêncio, há a humanidade,

Que nos conecta, que nos faz compreender,

Que somos todos parte dessa realidade,

E que, juntos, podemos fazer a diferença acontecer.

Brendel Luis Azevedo Souza
Enviado por Brendel Luis Azevedo Souza em 11/09/2023
Código do texto: T7883067
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