Enquanto Houver Rimas

Enquanto houver sopro de vida no meu peito,

Inspiração na ponta da minha caneta,

A poesia, será descrita desse jeito

E a tristeza, à sete chaves na gaveta!

De escrever poemas, não posso parar

se guardar, as palavras vão me sufocar,

Elas brotam como erva na minha vida,

Na rua, na esquina, em qualquer lugar.

Saio decidido a não escutar a inspiração,

Mas o semáforo muda de cor,

Um arco íris no céu ilumina a imensidão

E as nuvens são desenhos por onde eu for!

Uma palavra de uma conversa descuidada,

Um acorde que escapa pela janela

Uma flor esquecida na calçada

Uma velha casa ou uma antiga aquarela

Um poeta vê beleza em qualquer sinal

De uma palavra nasce um soneto

As vezes de um sorriso, um madrigal

Resume qualquer olhar em um terceto!

Não consegue parar. A poesia o persegue!

Se esconde no último vagão do trem,

Guarda o bloco, não escreve,

Mas até o barulho da máquina, poema contém!!

Cobre os olhos para o jardim,

Não ergue os olhos ao céu,

Mas o perfume do jasmim,

Vem e lhe arranca o frágil véu!

A beleza da poesia grita do seu interior,

Como música lhe invade a alma e o ser

E o bloco e a caneta do bolso já confiscou

E a primeira rima sorri, ao acabar de nascer!

Solange Lisboa

26/09/2023

solange lisboa
Enviado por solange lisboa em 26/09/2023
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