O livro não quer se fechar

O livro não quer se fechar

E devagar, devagarinho, vai empurrando para cima as páginas que querem fazê-lo prensar

É como uma criança, travessa, que foi pega pela "orelha", mas se recusa a mudar

O livro é só isso

Um convite, permanente, a crescer e a mudar

Sua orelha não quer parar nada

Não aceita essa imposição de ser "marcador de páginas"

Isso soa como ofício para o livro

E livro é rebelde, é "livração"

[Livre]ação do ato de pensar e sonhar

Feito para estar aberto, recusa a mania dos homens de lhe dizer que "é hora de cessar"

Não foi feito para o nosso tempo, que impõe limites de espaço e lugar

Livro aberto

Mente em constante movimento

Os poemas eu leio devagar, sem pressa

Leio e releio,

Para eles sempre estarei, aqui, e sempre estarei atento, disposto a mudar

03.10.2023

Eduardo Silveira de Menezes
Enviado por Eduardo Silveira de Menezes em 03/10/2023
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