Paradoxo

Onde você quer paz

Eu sou guerra

Onde você procura deus

Eu sou ateu

Onde só existe dor

Eu sou alegria

E daí sou tristeza

Virando assim amor

Que volta em dor

Sofrimento e pavor

Sou só uma flor

Delicado

Bruto sou no amor

Paciente na dor

Do ódio

Que se torna pacifico

E na vingança

Morro eu

Sem vontade

Ou carinho

Torturado pelo prazer

Da falta de prazer

Sem Vinicius

Ou poesia

Sem poema

Nem rancor

Na cor eu sou pecado

Nesse preto escuro de meu agrado

No entanto na palidez mora o meu prazer

Nos cabelos loiros de uma branca

Seus olhos eu gosto de ver

Mas com óculos é tão bonito

E o homem eu odeio

Me isolo

Mas defendo sua imperfeição

Pois deus a fez igual

Igual nas diferenças

E destrutivo em seu amor

Amor por deus e pelo mundo

Dominador

Servo

Rei

E profeta

Mas ainda assim poeta

Dos números

Dos sentimentos

Dono da verdade

Vivendo na mentira

Pois eu sou só mais um deus nesse mundo

De males humanos

De clamor por justiça

De amor e egocentrismo

Do paradoxo

Eu sou rei

Tudo graças a mim

E a Caetano

A minha inspiração no dia de hoje

Para poder assim

Criar na arte divina de criação

Este poema

Anjo Enfermeiro
Enviado por Anjo Enfermeiro em 24/12/2007
Código do texto: T790675