Paradoxo
Onde você quer paz
Eu sou guerra
Onde você procura deus
Eu sou ateu
Onde só existe dor
Eu sou alegria
E daí sou tristeza
Virando assim amor
Que volta em dor
Sofrimento e pavor
Sou só uma flor
Delicado
Bruto sou no amor
Paciente na dor
Do ódio
Que se torna pacifico
E na vingança
Morro eu
Sem vontade
Ou carinho
Torturado pelo prazer
Da falta de prazer
Sem Vinicius
Ou poesia
Sem poema
Nem rancor
Na cor eu sou pecado
Nesse preto escuro de meu agrado
No entanto na palidez mora o meu prazer
Nos cabelos loiros de uma branca
Seus olhos eu gosto de ver
Mas com óculos é tão bonito
E o homem eu odeio
Me isolo
Mas defendo sua imperfeição
Pois deus a fez igual
Igual nas diferenças
E destrutivo em seu amor
Amor por deus e pelo mundo
Dominador
Servo
Rei
E profeta
Mas ainda assim poeta
Dos números
Dos sentimentos
Dono da verdade
Vivendo na mentira
Pois eu sou só mais um deus nesse mundo
De males humanos
De clamor por justiça
De amor e egocentrismo
Do paradoxo
Eu sou rei
Tudo graças a mim
E a Caetano
A minha inspiração no dia de hoje
Para poder assim
Criar na arte divina de criação
Este poema