A DOR
Diulinda Garcia
A dor decidiu:
ir embora,
suas coisas juntar,
partir...
Sem nada avisar
e numa rendição silenciosa
fugir.
Agora era preciso
baixar o botão do volume da vida,
silenciar para mergulhar
numa quietude esquecida.
A dor havia se apagado,
como um papel de parede
desbotado pelo tempo.
Abstração /Diulinda Garcia
Natal,24/12/07.