É SEMPRE VÉSPERA DE FIM DO MUNDO

Todo dia é véspera de fim do mundo

onde impera a ganância,

a ambição e megalomania,

de uma cretina minoria de rentistas.

Mas ninguém mais se importa,

nada mais importa.

Ninguém é importante.

A razão está na matemática de uma planilha,

enquanto o tempo desaba sobre nós

na invenção dos fatos

que definem o espetáculo

de uma catástrofe iminente,

porém lucrativa.

Afinal, a vida já não importa.

O próprio mundo já não importa.

Só interessa os algoritmos

e os desígnios do deus dinheiro.