Tinteiro
Bloqueio no espelho
A imagem de quem sou
O que posso ser
Se não me enxerga
Se não sou
Sem me indispor
Procuro no espaço
Formato meu retrato
Me vejo nas outras
Buscando uma porta
Uma janela
Um ouvido
Mas a vista
Intranquila
Nesse campo
Aprisionado
Não há cor
Nem sabor
Fora
Ao amarelo estragado
Prescreva-me um conto
Um romance
A caneta tocar
Prescreva-me a expressão
Para quem sabe
Assim
Me curar
Inspiração pós leitura do conto “O papel de parede amarelo” de Charlotte Perkins Gilman