ESPINHOS

Durmo com espinhos na alma

Desperto sangrando saudades

Vertendo sonhos sem sentidos

Viro a vida ao avesso

Sou um caos gritando palavras aos ventos

Vivo de riscos cravados no peito

Troco farpas com demônios alados

Sinto medo e espalho cinzas na madrugada

Traço um infinito que rasga minha carne e sangra diamantes solitários

Amanhece, e o dia frio e sem cores, faz de mim um náufrago neste oceano que chamo de peito.