Quando fui atriz

Quando fui atriz, chamei Dor de "meu amor."

Dor sorriu para mim e tudo se transformou, a começar de meu coração.

Quando fui atriz, lhe tirei para dançar. Magia me fez suspirar.

Quando fui atriz, chorei mares de lágrimas para navegá-lo ao fim do jogo.

Quando fui atriz, chamei Deus de filho a fim de acolhê-lo em meus braços.

Quando fui atriz, atravessei desertos e cruzei oceanos unicamente para encontrar minha alma perdida.

Quando fui atriz, fui Amor e sua Loucura, e ao raiar do dia, tornei-me folha ao vento.

Despida de mim, me entreguei a Noite e seus mistérios. Suspirei sem querer.

Quem me convidaria para a festa?

Meu rei convidaria, meu mestre justiceiro, amor verdadeiro.

Roupas leves não me impediriam de voar.

Eu tinha loucos diamantes em meu olhar.

Hoje retorno a primeira cena, o primeiro sorriso, primeiro abraço.

Sou laço. Enlaço.

Vamos sair por aí. Vamos nos divertir.

A Guerra acabou e novos sonhos brotam em meu coração, meu jardim, o jardim da Esperança.

E como eu dizia: Quando fui atriz, chamei Deus para o chá da tarde e Ele me deu a chave de seu palácio.

Hoje sou águia dourada atravessando o céu azul.

Me chamo Vitória, estranha História. Rumo à Glória.

Amém!

Léia Carmona Torres em 23 de dezembro de 2023 às 12h:57min

Léia Carmona Torres
Enviado por Léia Carmona Torres em 23/12/2023
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