Combustão

Com todo dengo possível, nem sempre tão óbvio,

Muito das vezes de pouca descrição,

Eu trago dosado em afeto

O ódio

Que o mundo me deu como combustível

E em versos tento fazer

Combustão,

Para que tenhas o melhor possível do que fizeram do eu,

Confesso, não tive escolhas para ser o que pudera.

Hoje, sou o que fizeram, sem conto de fadas, docilidades

Delicadezas forjadas, branquices enlatadas ou europidades perecíveis

Sim, invento palavras,

Pois a minha liberdade é a voz tal qual não tive,

As coleiras estruturais não me prendem,

Me alicerço ao conhecimento, tornando-me triste,

Mas, mantenho-me vivo e SIGO

Procurando formas para ser mais para os nossos

E menos do que ditam.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 29/12/2023
Código do texto: T7964521
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