Ondina

Não consigo calar/

Se não te reverenciar/

Pela tua sensibilidade/

Não obstante dizer/

Se posso esse olhar merecer/

Pois que as minhas tintas/

Se dão conta de uma simplicidade/

De suas peculiaridades/

Fazendo-se dessa forma /

O meu agradecer suave/

Nas mesmas linhas/

Me assegurando pela estampa/

De tua boa imagem/

Sob o ádito do figurino datado/

De uma estalagem/

Como um camafeu/

Sob o tema pretenso da flor parisiense/

Da menina, mulher/

Na praça dos cafés/

Como outra forma diria de ti/

Se apenas te conheço/

Pelas leituras/

De minhas humildes inspirações/

Surges no hálito das horas/

Como mecenas/

Admiradora da palavra/

Poetisa ao tom /

Formoso de Helena/

Tantas vezes valsada /

Nas esculturas aguçadas/

Do perfume das açucenas/

Sob os desígnios dessas noite morena/

Que aqui no sudeste /

A qualquer hora/

Vai bem amena/

Se podes enxergar/

Mesmo sem ver/

Há que se dizer/

Que a essência é fundamental/

Até pra quem vai dizer/

Por isso, assim como muitos/

Em ti represento/

Os meus argumentos/

Extensivo a todos desse casto e benigno

Ponto de encontro/

O meu sincero agradecer/