Macho escroto é a mãe
Paparam minhas léguas,
Minha parca consciência,
Levaram meu cachorro
Comeram minhas batatas
Minha mulher...
Apertaram-me o nó
Da gravata um tanto...
De sufocar um Deus.
Nas bravatas não mexeram
Minha depressão, nem viram...
Meus muitos vícios
Como se eu fosse um Vinícius...
Nem notaram a minha dor
Ainda querem o dinheiro
Aquele que eu não tenho.
Minhas verdades,
Meus desejos de paz?
Pra eles, tanto faz.
Mas fuçam mentiras feito porcos
Em pocilgas de cetim.
Eu, macho escroto,
Um quase mulher desenganada
Das lésbicas, das Amazonas,
Das famílias e das zonas.