Nubianas invadem o céu

Como é doce contemplar o céu

Que as aves enfeitam com amor

São momentos raros de fiel

Carinho. Viajo com o condor.

Querida, vivo pelo seu amor!

Meu pai me deu um terno azul

Fito o firmamento... Deus está lá.

Às vezes choro no dia de Sat-Ur

Dei os olhos ao som que vai estalar.

Querida, vivo com muita dor!

O metal que sou vem da terra

E eu não quero guerra. As nuvens

São tua brancura eterna

Meu amor não é um de teus bens.

Querida, morro pela minha dor!

Meu pai me deu uma espada

Para rasgar o céu de meu intento,

Mas tu, firmamento, és a escada

As nuvens cobrem-te por um momento.

Querida, morro com muito amor!

Mesmo que dissesse que te amo

Serás apenas minha musa,

Apenas um belo sonho

Que nunca me busca.

Amo-te como quem ama o mar.

Sim, teu corpo é vapor de êxtase;

E tua boca, o metal que me vai matar

O que queres, pede-me!

Beija-me... já vivi no céu! já vivi no seu olhar.

Nasci para em teu coração mergulhar.

Mergulho-te espada que me fez

E que teus pés calçaram

Como nuvens? Paixão talvez.

Os sentimentos nos amaram

Os temores nos separaram.

Meu terno azul é da tua cor alva

No plano celeste do meu atroz temor

Que me afasta, assim, da tua alma

Que me faz triste sofredor.

Nuvem, nasci pela tua calma.

Querida, morri com o meu amor!