Carta de Adeus

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

os anos se passaram e o ele cresceu

cercado por mentiras de uma falsa família

os sorrisos à vista e os gritos dentro do quarto

idas e vindas com presentes para inimigois

e nenhum amigo imaginário

tardes de primavera com desconhecidos

e brincadeiras de mentiras

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

o que aconteceu com seus desenhos

queimaram-se todos esquecidos

o que aconteceu com sua imaginação

perdeu-se com sua inocência

em algum dia do passado

onde não existe festas de fim de ano

nem fogos de artifício para celebrações

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

onde está aquele que um dia chorou

ele não existe mais

perdeu-se na noite além

nas pílulas e nos copos com a última dose

ao menos a neblina o acaricia na madrugada fria

sem companheiros de viagem

assim foi sua caminhada

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

ele está ali no canto onde sempre esteve

cercado peloas sombras dos outros

suas palavras saem de seus poros

mas são invisíveis para você

assim como as cicatrizes vermelhas ainda

que ninguém ousou tocar

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

agora chega o momento de partir

um adeus silencioso

para um eco distante de sentimento

para um coro se aljos caídos

sem uma canção de amor

sem qualquar alegoria torpe dos céus

um adeus mudo

por que você não dá as boas-vindas ao nosso anjo

ele chegou, mas ninguém o recebeu

agora o anjo chora

e sua lágrima se mistura ao caos de seu rosto

o tempo fui irrelevante

neste piscar de olhos tão fulgás

ele não encontrou a paz

é difícil se despedir

quando se está de costas...

Junior Bittencourt
Enviado por Junior Bittencourt em 31/12/2007
Reeditado em 03/01/2008
Código do texto: T798182