O desassossego das gotas de chuva

Na mente turbulenta, a ansiedade se agiganta,

Versos sinuosos, como teias emaranhadas,

A chuva cai pesada, ecoando na alma adormecida,

É um dueto triste, essa sinfonia entrelaçada.

Gotas frias escorrem pelos vidros embaçados,

Espelhando as agitações do coração aflito,

A ansiedade dança frenética, como serpente enlaçada,

Enquanto a chuva acalenta, em seus versos infinitos.

Cada pingar no telhado, um som de incertezas,

Gotículas que trazem segredos empoeirados,

A ansiedade inunda a mente, em ondas densas,

Enquanto a chuva lava, em chuviscos encharcados.

No íntimo da alma, tempestuosos desejos se agitam,

Impaciência e medos, uma dança incessante,

A chuva é o manto que abraça, onde os sonhos se acomodam,

E a ansiedade, poesia viva, num poente deslumbrante.

Ó ansiedade, tormenta que arrasta o pensamento,

Tece angústia, desconcerta as horas que se escoam,

Na chuva que escorre, vejo um lampejo de alento,

Um abraço da natureza, que os temores abarroam.

Então, na ansiedade e chuva, encontro meu refúgio,

No timbre das gotas, a tranquilidade que almejo,

Permito-me, enfim, encontrar a paz em meu abrigo,

Enquanto a ansiedade se dissipa, em versos que almejo.

Raíne Gomes
Enviado por Raíne Gomes em 28/01/2024
Código do texto: T7986691
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