Solitude poética

O romper das horas

na imensidão poente

enrubesce em polvorosa

o firmamento

É o abaulamento

que na fissura do ínfimo boceja

Certamente esta fina luz

que ao chão rasteja

promove na mesma luz

o exaurimento

Nesta noite,

hão de contemplar

o clangor do universo

Quiçá meus versos

sejam pra ele diapasão

No derradeiro desaguar da escuridão

Nesta hora, o astro silencia

e fenece esta luz que

ao chão clareia

Ressoando nos ares a solitude

em profunda enlevação

Feito ave que no céu gorjeia

Planando as asas

ao anteceder o chão.

DestinoPoesia
Enviado por DestinoPoesia em 29/01/2024
Reeditado em 29/01/2024
Código do texto: T7987435
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