Fígado
Vá embora!
Embora eu, parênteses,
Quisesse, tolamente,
Que fosse
Meu erro de previsão.
Vá lá fora
E me deixe no óbvio
Automatismo mórbido
Que trouxe
A vida e sua repetição.
Já não acredito
No que é bonito;
Marteladas nos dedos
Infinito e além.
E já não aguento
Sem paciência
Para algum começo
Olhos de alguém.
Vá! Corra!
Há outros como eu
Sem os mesmos pesos
Ou cortes
Que drenam emoção.