NO MEU PEITO

No meu peito moram rajadas

Tumultos de vento e de brisa

Soprando essas velas alçadas

Que ao barco-papel dão guinadas

À sorte nos mares que batiza

No meu peito existe um rio

Nascente como o infinito

Desce escorreito por cio

Aos vales brancos e o brio

É chegar ao mar como grito

No meu peito há um fogo inquieto

Qual lavra da lenha de ser

Que cospe centelhas sem veto

Como mar de chamas incerto

Folha, cinza, depois de arder!

21-02-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 21/02/2024
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