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MEU POEMA
 
Mundo estranho
este em que andamos,
olhando as pessoas que passam,
enquanto nós mesmos passamos.

E o tempo...
O tempo se esvai todo dia,
esquecendo até das horas
que, depressa, vão-se embora
sem nos dar conta ou valia.

Já chegou a madrugada
com sua graça infinita,
e com a insônia maldita
que me persegue sem dó.

Deixo meu grito no ar
num rouco e fraco protesto.
O poema não rendeu
(a culpada, sei, fui eu).
Num instante virou pó.

 

 

#Memorial  Recantista#