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NADA ACHEI
 
Hoje, não!
Quem sabe amanhã
brilhe Aldebarã
no céu todo azul.
Barco de papel,
não seja cruel,
me leve pro Sul
onde brilha a esperança,
e o sonho criança
que mal floresceu,
porém, sei, ele é meu.
Canções, doce encanto,
sonhei tanto, tanto,
mas foi tudo em vão,
pois a vida bandida,
deixou-me ferida,
matou-me a ilusão,
o sonho, a quimera,
até a Primavera...
-só desgostos me deu.
E o que faço eu
nesta estranha aventura,
repleta de amargura...
Não achei meu Romeu.

 

 

#Memorial Recantista#